Querida amiga,
Por cá, em família construímos uma história de Natal, num desafio lançado pela escola do Gonçalito, para a 15.ª Edição do Concurso Literário "Uma História de Natal", da Biblioteca de Cucujães, com a colaboração da Junta de Freguesia.
Assim, já ganhamos um bom momento em família, muito criativo, de partilha e com alegria.
Em seguida, partilhamos a nossa história de Natal, que também é vossa. Esperamos que gostem tanto dela como nós gostamos de a criar.
Como seria a vossa? O título teria de ser o mesmo...
Com muita amizade, amor e carinho.
Mil beijinhos,
C.
Natal, uma Estrela que brilha no Amor
Era uma vez uma menina
que se chamava Estrela.
Estrela vivia numa
pequena aldeia, instalada numa montanha, com o pai e a mãe. A aldeia, onde
vivia, parecia um presépio!
A sua família era muito
abastada, mas mesmo assim a pequena Estrela era uma menina muito humilde e
bondosa.
Por altura do Natal, a
Estrela escreveu a sua carta ao Pai Natal, na qual pediu muitos brinquedos e
alimentos, coisas que nunca tinha pedido, nem em tanta quantidade.
Os seus
pedidos deixaram o pai e a mãe mesmo muito admirados, e por isso disseram-lhe:
- Não sabemos se o Pai
Natal irá conseguir trazer-te tudo que pediste, embora ele saiba que te portas
muito bem, nossa querida filha.
Chegou o dia de Natal,
com muito frio e neve a cair, mas mesmo assim muito bonito.
Estrela acordou
radiante e foi logo chamar o pai, a mãe, o João e a Maria, que eram o mordomo e
a governanta da casa.
- Venham, venham! Bom
dia, bom dia! Feliz Natal!
Depressa correu para junto
da árvore de Natal e surpreendeu a família ao pedir à Maria para ir buscar uns
sacos atrás da porta.
- Mas menina Estrela,
não estavam nenhuns sacos atrás da porta?
- Maria, por favor,
preciso que vá buscá-los e que prometam-me que não fazem mais perguntas a tudo
que vos peço. Prometem?
Todos responderam em
coro: - Prometemos.
Depois, pediu a ajuda
de todos para distribuírem os presentes da árvore de Natal por todos os sacos,
dividindo alimentos e brinquedos, para que nenhum saco ficasse sem nenhuma das
duas coisas.
Em seguida, a Estrela
pediu para o João ir buscar a limusine, ao que o seu pai disse-lhe: - Estrela
onde queres ir com este frio e a neve a cair?
A Estrela disse-lhe: -
Pai, tinham-me prometido que não faziam mais perguntas aos meus pedidos.
Então, todos juntos
carregaram os sacos e saíram de casa em direção à entrada da aldeia.
Pararam junto da
primeira casa da aldeia e a Estrela saiu, bateu à porta e desejou um feliz
natal àquela família, entregando um dos sacos com as prendas.
E assim, fez de porta
em porta, por todas as casas da sua aldeia, onde as pessoas eram muito pobres,
mas muito amigas e generosas umas com as outras.
Todas as famílias da
aldeia ficaram muito surpreendidas pela Estrela, tão pequenina, ter um coração
tão grande e ofereceram-lhe muitos sorrisos e abraços calorosos.
De regresso a casa, no
aconchego do lar, a Estrela disse ao pai, à mãe, ao João e à Maria, que este
era o melhor Natal de sempre, porque o tinha partilhado em família com toda a
sua aldeia.
O pai e a mãe muito
orgulhosos da Estrela responderam-lhe:
- És mesmo uma Estrela que brilha no Amor!